quarta-feira, 7 de maio de 2008

MEDITAÇÃO


Nós conhecemos o mundo exterior de sensações e ações mas, do nosso mundo interior de pensamentos e sentimentos, nós conhecemos muito pouco.


O objetivo primário da meditação é que nos tornemos conscientes e que nos familiarizemos com a nossa vida interior. O objetivo final é alcançar a fonte da vida e da consciência.

Assim, através da meditação vamos prestar atenção e descobrir como funcionamos. Como agimos em determinadas situações, porque respondemos uma coisa quando gostaríamos de dizer outra, porque fugimos daquilo que mais queremos, porque vivemos mergulhados na ansiedade, na depressão e no cansaço quando queremos apenas a tranqüilidade.

Grande parte dessa confusão é criada pela mente. Podemos dizer que ela é o instrumento de nossa consciência e contém a somatória de nossos condicionamentos, padrões de pensamento, nossa memória e nosso lado racional. A mente é como um lago agitado. Ao ver a lua refletida nesse lago turbulento poderíamos supor que a própria lua é algo disforme e agitado, mas estaríamos totalmente enganados.


Da mesma forma, quando olhamos para o reflexo do nosso Eu-Superior no lago inquieto de nossa mente, não conseguimos perceber sua verdadeira natureza.


Meditar nada mais é do que aquietar os turbilhões dos pensamentos, serenar a mente para que possamos reconhecer com clareza nossa essência.
Durante esse processo de aquietar a mente nos damos conta de nossos padrões de pensamento e de ação e, assim, podemos transformá-los.


Exercícios


1 - Um dos exercícios mais simples é observar a respiração. Sinta o ar entrando e saindo pelas narinas. Acompanhe seu caminho por todo o corpo. Repare nos movimentos da barriga, do peito. Veja se há movimentos ou sensações na pelve, pernas, cabeça, etc. Esteja com o ar o tempo todo.


2 - Quando estiver em contato com a natureza, sente-se diante de uma paisagem e observe-a. Ouça os sons, veja as cores, sinta os aromas mas não fique dando nome às coisas ou analisando-as: "esse cheiro deve ser daquela flor", "como é bonita a forma daquela montanha", "o som desses passarinhos me deixa tão relaxado...". Apenas ouça, veja e sinta sem criar frases na sua mente, sem ficar tagarelando internamente.


3 - Sente-se diante de uma janela e deixe que a claridade invada seu corpo. Sinta a luz penetrando pelo alto de sua cabeça e fluindo por todo o corpo. Mantenha sua atenção nesse fluxo.


4 - Sente-se em silêncio e preste atenção a cada som que surgir ao seu redor. Ouça tudo ao mesmo tempo. Não se detenha em nenhum deles. Nenhum é mais importante do que os outros, nenhum é melhor ou mais agradável. Não julgue, apenas ouça. Evite relacioná-los com os objetos ou seres que os produzem. Permita-se ouvir o som puro e perceber sua qualidade intrínseca.


5 - Você pode meditar com as cores também. Pergunte ao seu corpo de qual cor ele necessita para estar em harmonia. Aceite qualquer cor que lhe venha à mente. Imagine um grande jorro de luz dessa cor fluindo sobre você ou mergulhe num oceano tingido com a cor escolhida. Não se preocupe em "ver" a cor, você pode apenas senti-la com seus sentidos interiores.



Observe seus pensamentos e tente perceber o espaço que existe entre um e outro. Mesmo numa mente completamente confusa, os pensamentos surgem e desaparecem deixando um breve espaço entre si. Descubra esse espaço, nem que seja apenas um segundo. Observe-o e você vai perceber que ele começará a se ampliar. Ao penetrar nesse espaço em branco, você estará além da mente.


Com a prática contínua você será capaz de manter a mente em branco e ouvir a voz de sua intuição.

Um comentário:

Maria disse...

adorei essa materia,
é de grande utilidade!
nossa incrivelmente
sensacinal!!