quarta-feira, 30 de abril de 2008

EU, VÍTIMA!!!


“Oh dia! Oh céus! Oh azar! Eu sabia que não ia dar certo!”


Quem não se lembra da hiena do desenho animado que só reclamava da vida?


Esse tipo de pessoa existe também na vida real. É aquele tipo que só reclama e parece que nada dá certo em sua vida, que todo mundo está contra, que o universo conspira contra, “oh vida”, é a própria vítima! É uma pessoa injustiçada!


Será mesmo que não existe alguém sabotando? Conspirando contra? A sensação de sabotagem ou injustiça aparece sempre que atribuímos aos outros responsabilidades que são nossas.


Ou seja, sempre que transferimos para alguém uma decisão que diz respeito a nossa vida, a nossa individualidade, entregamos ao outro as rédeas da nossa vida, “faça de mim o que quiser, estou em suas mãos”.


É o complexo de vítima que está intimamente ligado a nossa história de vida, que é fruto de nossas escolhas, muitas vezes, inconsciente, como, por exemplo, sempre ter um parceiro que nos trata mal e assim reafirma que você é o “coitadinho” indefeso.


“O que eu posso fazer? Não tenho sorte mesmo com meus parceiros”, “é sempre assim, meus chefes sempre me perseguem” ou ainda, “parece castigo, só aparece esse tipo no meu caminho!!”.


Quando agimos como vítima não nos damos conta de que manter relações do mesmo estilo ajuda a nos manter no papel de “sofredor” e “vítima” e nos excluímos cada vez mais das responsabilidades de nossas escolhas, comportamentos e sentimentos. Afinal, “a culpa não é minha”, é do universo, é qualquer um, menos minha.


Existe uma “falsa vantagem” em ser vítima que é a de não crescer e se isentar da responsabilidade de suas escolhas fazendo com que as outras pessoas se compadeçam e ofereçam ajuda e, dessa forma, tomem decisões no lugar da “coitadinha”. Isso é omissão.


Quando damos a outra pessoa a opção de fazer escolhas em nosso lugar, estamos abrindo mão de nossa vida, de nossas preferências, abrimos o direito de sermos nós mesmos. Para sair dessa situação, a primeira coisa a fazer é identificar e quebrar padrões e comportamentos viciados.


Uma forma é começar a fazer coisas simples como reclamar do que não gosta, começar a dizer NÃO, em vez de sim só por medo. Perder o medo de se expressar, de dizer o que quer e o que sente.


Se colocar com firmeza será uma maneira de se fortalecer, de se sentir capaz e assim aumentar a auto-estima, deixando para trás a condição de “coitadinha”.

PSICOLOGIA AJUDA NO TRATAMENTO DE ADOLESCENTES DIABÉTICOS


Qual a diferença entre estar doente e ser doente? Para a psicóloga Yael Ballas, esse deve ser o principio orientador daqueles que tratam pacientes com doenças crônicas. Na sua tese de doutorado, que será defendida no Instituto de Psicologia (IP) da USP, Yael analisou o desenho da figura humana feito por adolescentes portadores de diabetes e por adolescentes saudáveis e notou diferenças na percepção que os diabéticos têm de si mesmos.


O trabalho partiu da hipótese que adolescentes diabéticos apresentariam características singulares em seu esquema corporal, pelas implicações da doença, e teriam níveis de ansiedade mais altos do que os adolescentes sadios. Ao todo, foram avaliados 62 adolescentes com idades de 14 a 20 anos, da cidade de São Paulo. Eles mostraram poucas diferenças entre os desenhos, mas confirmam a hipótese e a validade do teste da figura humana enquanto método de avaliação psicológica.


A psicóloga conta que apesar de não ser algo perceptível à primeira vista, o teste da figura humana mostrou que há diferenças na forma como o adolescente percebe a si mesmo enquanto portador de uma doença crônica. Isso é particularmente importante na adolescência - período de muitas transformações para qualquer indivíduo.


A intenção de Yael é trabalhar conjuntamente com profissionais da área de saúde para propiciar um tratamento melhor para esses pacientes em todos os aspectos: médico, psicológico e educacional. Já em sua dissertação de mestrado, a pesquisadora estudou justamente como médicos do serviço público lidavam com portadores de diabete.


Especificidades


A diabete mellitus é uma doença popularmente conhecida pelo aumento do açúcar no sangue, sendo provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, o que pode gerar complicações agudas e crônicas.


A pesquisadora enfatiza a diferença entre ter uma doença e "ser doente". O primeiro é portador de uma doença e pode ter uma vida normal. Já o segundo é visto como alguém que não desenvolve todo seu potencial por causa da doença.


"Os adolescentes portadores de diabete podem ter uma vida bastante parecida com a dos seus pares saudáveis", diz Yael. "O erro é tratá-los como trataríamos pacientes com uma doença não-crônica", avalia. "O tratamento, segundo ela, deve ser contínuo e abordar todos os aspectos da vida: médico, alimentar, educacional e psicológico e não fazer apenas profilaxia (administrar remédios) quando o paciente
tem uma crise em seus níveis de glicemia".

Os métodos de avaliação usados foram: O Desenho da Figura Humana e o Inventário de Ansiedade Traço-Estado. O teste do Desenho da Figura Humana é um dos instrumentos psicológicos mais utilizados internacionalmente para avaliação do desenvolvimento cognitivo infantil. Proposto pela psicanalista americana Karen Machover em 1967, o método revela que, quando uma pessoa o realiza, os desenhos referem-se necessariamente às imagens internalizadas que ela tem de si mesma e dos outros. Dessa forma, ocorre a projeção de sua imagem corporal.


Texto: Charles Nisz

Fonte: Agência USP

Publicado em: 23/08/2005

terça-feira, 29 de abril de 2008

EPITÁFIO (Titãs)


Devia ter amado mais

Ter chorado mais

Ter visto o sol nascer


Devia ter arriscado mais

E até errado mais

Ter feito o que eu queria fazer


Queria ter aceitado as pessoas como elas são

Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração


O acaso vai me proteger

Enquanto eu andar distraído

O acaso vai me proteger

Enquanto eu andar...


Devia ter complicado menos

Trabalhado menos

Devia ter visto o sol se pôr


Devia ter me importado menos

Com problemas pequenos

Ter morrido de amor


Queria ter aceitado a vida como ela é

A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier


O acaso vai me proteger

Enquanto eu andar distraído

O acaso vai me proteger

Enquanto eu andar...

A CONSTRUÇÃO DO PODER PESSOAL

Independentemente dos diversos caminhos que cada um pode seguir na vida, existe uma decisão inicial a ser tomada, um ponto de partida que pode determinar o rumo ou o sentido de toda a existência humana: a escolha de se ter uma vida autêntica ou inautêntica.

Penso que a escolha da vida autêntica pode trazer a possibilidade da construção do poder pessoal, caracterizado pela busca do fortalecimento interno e expresso nos sentimentos de segurança, paz, felicidade e realização pessoal.
Portanto, para dominar a si mesmo e construir o poder pessoal é preciso que você se torne autêntico e desenvolva a capacidade de se autodeterminar.
É muito importante saber pensar e sentir, ter um conhecimento profundo e uma visão clara, tanto dos pensamentos quanto dos sentimentos, de modo a expressá-los numa linguagem harmoniosa.

É muito importante saber reconhecer, compreender e expressar pensamentos e sentimentos. E acima de tudo, aceitar cada um deles como sendo legítimos. Aprendendo a fazer isso o poder pessoal aumenta.

Acredito que a maior demonstração de poder que existe no mundo é o poder ser. Poder ser talvez seja mais importante do que ter dinheiro, prestígio, status, reconhecimento ou controle sobre os outros. Talvez seja o poder que as pessoas mais buscam, mesmo quando não sabem que o estão buscando.

No fundo as pessoas querem apenas ter o poder de ser elas mesmas e sentirem-se amadas sendo como são. Essa conquista é uma construção diária, que só depende de cada um.

Vá em frente! Vá contigo! Boa sorte!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

BEM-ESTAR E AUTO-ESTIMA

A busca pela felicidade já virou tema de filmes, livros de auto-ajuda (ou não), peças de teatro e seriados de TV. No mundo contemporâneo, ser feliz parece tarefa impossível. Basta abrir os jornais para ver desgraças, problemas políticos e tragédias inexplicáveis que tiram o bom humor de qualquer pessoa.

O problema é quando ficamos focados apenas nas coisas ruins e deixamos de apreciar o que há de melhor na vida: os bons momentos. Alimentar-se bem, praticar exercícios, arrumar um tempo para o lazer, ficar sem fazer nada de vez em quando, dormir até tarde no dia de folga ou passear com os amigos faz parte de uma rotina feliz.

O bem-estar de dentro para fora é importante para a saúde mental e física, além de ajudar a refletir positividade para as pessoas ao seu redor. Uma auto-estima alta começa com a preocupação de cuidar de si mesmo e batalhar para alcançar os objetivos da melhor maneira possível. Quando achamos que não somos capazes, abrimos espaço para que outras pessoas questionem nossa capacidade.

O fato de conseguir reunir pessoas queridas, como familiares e amigos, deve ser motivo de felicidade. Valorizar os parentes e conservar os amigos é algo que se constrói a cada dia. Para isso, é preciso estar receptivo, ser capaz de olhar para o outro com mais benevolência e estar disposto a trocar experiências, palavras e gestos.

Trabalhar é tarefa da qual não se pode correr, mas ter momentos de lazer equilibra a vida e torna a rotina menos estressante. Se não gosta de ir ao cinema, alugue um filme em casa e deixa a mente viajar por duas horas que seja. Se dançar faz sua cabeça, procure um lugar bacana e uma companhia agradável e se deixe levar pela música. Ler, escrever, cantar, caminhar, pintar, costurar, pedalar, namorar... Deixe esses verbos entrarem na sua vida para deixá-la mais prazerosa.

domingo, 27 de abril de 2008

RESILIÊNCIA

Resiliência. Você conhece esta palavra? Ela significa, entre outras definições do dicionário, poder de recuperação ou propriedade de acumular energia quando estamos estressados para voltar ao estado original sem qualquer deformação. Pois é: vem contando pontos como competência humana a habilidade do elástico, ou da vara do salto em altura, aquela que enverga no limite máximo sem quebrar, volta com tudo e lança o atleta para o alto.
As Ciências Humanas estão sempre tomando emprestado das Exatas, termos e conceitos. A última novidade vem da Física e atende pelo nome de resiliência. Significa resistência ao choque ou a propriedade pela qual a energia potencial armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão incidente sobre o mesmo.
Em Humanas, a resiliência passou a designar a capacidade de se resistir flexivelmente à adversidade, utilizando-a para o desenvolvimento pessoal, profissional e social. Traduzindo isso através de um dito popular, é “fazer de cada limão, ou seja, de cada contrariedade que a vida nos apresenta, uma limonada”, saborosa, refrescante e agradável.
A resiliência é caracterizada por um conjunto de atitudes adotadas pelo ser humano para resistir aos embates da vida. O termo vem de uma propriedade da Física sobre a capacidade que os corpos têm de voltar à sua forma original, depois de submetidos a um esforço intenso. Fazer a transposição da Física para a Psicologia é possível porque, aplicado aos seres humanos, o conceito se destaca exatamente pela capacidade do indivíduo dar a volta por cima das situações de risco e voltar TRANSFORMADO, crescendo com a experiência.

A VANTAGEM, SE EXISTE ALGUMA, EM ESTAR NO FUNDO DO POÇO É QUE QUALQUER MOVIMENTO LEVA-NOS PARA CIMA.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

SORRIA

Todos sabem os pequenos milagres que um sorriso pode fazer no dia-a-dia. Quando sorrimos ficamos mais bonitos, deixamos as pessoas mais à vontade e podemos até contagiar outras pessoas a sorrir também. Um sorriso sincero acalma, incentiva, ameniza as dores e fica impossível de não ser retribuído.
Este gesto é tão importante que os seres humanos são os únicos que conseguem sorrir em todo o reino animal. Mas, que tal sorrir para o seu cão? Ele certamente irá retribuir ao seu modo, seja abanando o rabinho, seja com lambidas.

O sorriso é uma das muitas coisas na vida que não empobrece a quem dá e enriquece a quem recebe. Toda pessoa tem seus momentos de mal-estar e cansaço, mas já reparou como existem pessoas que vivem sorrindo? São pessoas que descobriram que sorrir é um hábito e que de tanto ser cultivado vira parte de nós mesmos.

O ato de sorrir traz benefícios ao corpo e ao espírito, nos deixa mais jovens e bem dispostos, podendo ser a motivação que faltava para você começar aquela dieta ou decidir enfrentar a pista de corrida do seu bairro e sair do sedentarismo, já pensou nisso? Rir também faz bem ao coração. Como se não bastasse isso, um belo sorriso também faz bem à auto-estima e facilita o processo de comunicação e os relacionamentos interpessoais.

Ok, ok, nem sempre é fácil sorrir. Afinal, o estresse do cotidiano, a correria no trabalho e/ou nos estudos, as preocupações com as contas muito antes do fim do mês... tudo isso nos faz sorrir cada vez menos e, por conseqüência, fazer os outros sorrirem menos também. Mas vale a pena fazer uma forcinha: um bom dia acompanhado de um sorriso pode levantar seu astral e das pessoas ao seu redor!
Experimente sorrir para você mesmo no espelho e veja como é bom. Mas não estranhe se você começar a rir e até quem sabe gargalhar, porque a alegria do sorriso contagia mesmo.

ESCOLHAS

Grande parte do que nos acontece é resultado de decisões que tomamos na vida, quer nos agradem ou não. E isso não significa sentir culpa quando algo não dá certo. Pelo contrário, escolhas proporcionam uma das melhores coisas da vida, a preciosa oportunidade de aprender uma nova lição, rever o caminho e, assim, se fortalecer.
Portanto, mesmo quando uma decisão nos conduz a um caminho de dor, podemos extrair algo positivo: os enganos nos deixam espertos para não incorrer nos mesmos erros.
Tomemos decisões com confiança, vontade e determinação, porque a vida retribui, a cada momento, o que investimos nela.

O POTE RACHADO

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade.
Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer.
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:
- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.
- Por quê? Perguntou o homem. - De que você está envergonhado?
- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
- Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.
De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.
Disse o homem ao pote:
- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho??? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava??? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.


EU MULHER


Sou mulher de uma só face, mas de mil trejeitos.
Não cultuo a aparência, cultivo a alma.
Sou feita de intensas emoções
e pincelada com olhar de calmaria.

Se me roubam um ideal, viro a guerreira
que mata um leão a cada dia.
Não brigo pela perfeição,
somente por igualdade e justiça.

Abomino a violência,
sou alma e coração.
Com um abraço sou consolo,
com um sorriso sou esperança.

Sou livre como um pássaro
ou um sonho de criança.
Por amar tanto a liberdade
jamais aprisiono.
Sou simplesmente mulher.